Resistência ao Uso de Inteligência Artificial no Atendimento ao Cliente [2024]

Por Stella Caroline em Inteligência Artificial
Resistência ao uso de inteligência artificial - a imagem que ilustra o tema tem o fundo de um telão, onde aparecem várias conexões na cor verde e, em destaque, no meio da foto, tem um homem segurando um notebook e mexendo nele.

Quando você entra em contato com uma marca ou empresa, consegue distinguir facilmente se está sendo atendido(a) por uma pessoa ou por uma inteligência artificial? E, se pudesse escolher, de qual “time” você faria parte: dos que adoram a inserção das IAs no dia a dia ou dos que ainda demonstram resistência ao uso de inteligência artificial?

Segundo uma pesquisa realizada pela Hibou, uma empresa de pesquisa e análise de mercado, 92% dos brasileiros entrevistados conseguem identificar quando interagem com um robô.

Além disso, 39% dos consumidores expressam uma clara preferência pelo atendimento humano e relutam em engajar-se com sistemas automatizados. Esses dados indicam, portanto, uma resistência significativa de uma parte do público em relação ao uso de inteligência artificial no atendimento oferecido pelas marcas.

Neste artigo, vamos explorar as causas dessa resistência, além de como a inteligência artificial pode impactar a relação entre marcas e clientes. Também abordaremos, de maneira prática, estratégias para educar o público a se adaptar a essa nova realidade tecnológica do mercado.

Como você pode ver, haverá muitas informações valiosas neste artigo, das quais você poderá extrair insights significativos para o seu negócio. Por isso, te convidamos a lê-lo até o fim.

Vamos lá!

Resistência ao Uso de Inteligência Artificial: “medo” do novo!

A resistência ao uso de inteligência artificial muitas vezes decorre do “medo” do novo, refletindo a hesitação de muitos consumidores em abraçar tecnologias que ainda são vistas como desconhecidas.

Esse receio pode estar ligado a preocupações sobre a perda de controle nas interações, a desumanização do atendimento e até mesmo questões de privacidade.

Além disso, a falta de familiaridade com a tecnologia pode gerar insegurança, fazendo com que os usuários prefiram a interação humana, que oferece uma sensação de empatia e compreensão.

Por isso, superar essa resistência requer um esforço conjunto das empresas para educar e esclarecer o público sobre os benefícios e a eficácia da inteligência artificial, transformando o medo em confiança. 

Voltando a pesquisa …

Apesar da resistência de muitas pessoas ao uso das IAs, a pesquisa da Hibou, mostra também a adesão positiva por outra parcela da população. Por exemplo:

  • 31% dos entrevistados estão mais preocupados com a solução de suas questões do que com o tipo de atendimento que recebem;
  •  2% expressam preferência pela praticidade e rapidez oferecidas pela interação com máquinas;
  • 2% consideram os robôs mais úteis do que a maioria dos atendentes humanos, optando por essa forma de contato;
  •  8% reconhece que os chatbots têm um desempenho consistente, quase sempre resolvendo satisfatoriamente os problemas apresentados.

Assista também: Chat GPT: modelos de prompts para otimizar as interações

Qual o impacto do uso de inteligência artificial na relação entre marcas e consumidores? 

A inteligência artificial está transformando, significativamente, a relação entre marcas e clientes no mercado atual, promovendo, por um lado, uma comunicação mais personalizada e eficiente.

Com o uso de algoritmos avançados, as empresas podem, além disso, analisar grandes volumes de dados para entender melhor as preferências e comportamentos dos consumidores, permitindo, assim, a criação de experiências mais relevantes e direcionadas. 

Além disso, chatbots e assistentes virtuais oferecem atendimento instantâneo e disponível 24/7, o que aumenta a satisfação do cliente.

No entanto, essa automação também traz desafios. Por exemplo, a necessidade de transparência e ética no uso dos dados, exigindo, portanto, que as marcas mantenham um equilíbrio entre tecnologia e empatia para fortalecer a confiança e a lealdade do consumidor.

Resistência ao uso de Inteligência Artificial: Como educar o público a ser mais aberto à nova tecnologia? 

Para educar o público e promover uma atitude mais aberta em relação a essa nova tecnologia, é essencial realizar ações que mostrem os benefícios da IA, como: 

  • Campanhas informativas: Crie materiais explicativos que demonstrem as vantagens da IA, como eficiência e personalização;
  • Workshops e seminários: Organize eventos práticos onde o público possa experimentar a tecnologia e entender suas aplicações;
  • Estudos de caso: Compartilhe exemplos de sucesso de empresas que utilizaram a IA para resolver problemas ou melhorar serviços;
  • Diálogo transparente: Promova discussões sobre ética e privacidade, abordando preocupações comuns e esclarecendo mal-entendidos;
  • Tutoriais online: Ofereça vídeos e guias passo a passo sobre como utilizar ferramentas baseadas em IA no dia a dia;
  • Feedback e participação: Encoraje o público a compartilhar suas opiniões e experiências com a IA, criando um senso de comunidade;
  • Colaboração com influenciadores: Trabalhe com figuras públicas e especialistas em tecnologia para ampliar o alcance das mensagens educativas.

Caso de Sucesso: Magazine Luiza 

A Magazine Luiza se destaca como um caso de sucesso no uso da inteligência artificial. A empresa utiliza IA em várias áreas, como no atendimento ao cliente, através de chatbots que oferecem suporte 24/7, respondendo a dúvidas e solucionando problemas rapidamente.

Print do topo do site da Magazine Luiza, onde aparece a barra de pesquisar e as janelas segmentadas de produtos oferecidos no site.
Print do topo do site da Magazine Luiza.

Além disso, a Magazine Luiza emprega algoritmos de recomendação para personalizar as ofertas, analisando o comportamento de compra dos consumidores e sugerindo produtos que atendem às suas preferências.

Sendo assim, podemos concluir que ao promover um debate mais transparente sobre os impactos da inteligência artificial, explorando, também, questões éticas e de privacidade, as marcas podem construir mais confiança e incentivar a adoção mais positiva da tecnologia.

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Stella Caroline

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