Como a chegada da publicidade no WhatsApp vai mudar a estratégia das marcas em 2025?
Por Larissa Ferreira
Por muito tempo, o WhatsApp foi o último reduto da comunicação digital sem anúncios. Enquanto Facebook e Instagram se consolidaram como vitrines para marcas e influenciadores, o WhatsApp manteve seu papel como canal privado, direto e sem interferências comerciais. Mas a chegada da publicidade no WhatsApp muda esse cenário de forma significativa.
A Meta anunciou que, ainda em 2025, o WhatsApp começará a exibir anúncios em áreas públicas do app, como a aba de Status e o feed de Canais. Além disso, entra em cena um novo modelo de conteúdos pagos por assinatura, voltado a criadores e marcas.
O movimento sinaliza uma transformação no posicionamento do aplicativo e levanta uma questão essencial: como as marcas vão adaptar suas estratégias a esse novo território?
O impacto promete ser grande e inevitável. Continue a leitura e fique por dentro!
O que muda com a publicidade no WhatsApp?
Em primeiro lugar, é importante entender onde os anúncios vão aparecer. A Meta confirmou que os espaços publicitários ficarão restritos à aba de Status e ao feed de Canais, duas áreas mais abertas dentro do ecossistema do app. As conversas privadas continuam fora do alcance da publicidade, o que preserva a essência do WhatsApp como espaço de troca íntima e direta entre pessoas.
Além disso, entra em cena uma nova funcionalidade: os Canais por assinatura. Criadores e marcas poderão oferecer conteúdos exclusivos mediante pagamento, seguindo uma lógica parecida com a de plataformas como YouTube, Telegram e Patreon.
Ou seja, o WhatsApp não só abre espaço para mídia paga, como também cria um novo modelo de monetização recorrente. E isso muda bastante o jogo para marcas, produtores e usuários.
Publicidade no WhatsApp: por que essa mudança é significativa?
A resposta está na escala.
Com mais de 2 bilhões de usuários ativos no mundo, sendo 150 milhões só no Brasil, segundo dados da própria Meta, o WhatsApp é, hoje, uma das ferramentas de comunicação mais poderosas da atualidade. Sua entrada definitiva no ecossistema publicitário da Meta amplia, e muito, o inventário disponível para anunciantes.
Agora, marcas poderão explorar três frentes interligadas — Facebook, Instagram e WhatsApp — com campanhas integradas, maior alcance e frequência de entrega. É um movimento estratégico que consolida a Meta como o ecossistema dominante da publicidade digital global.
Como disse Bruno Almeida, CEO da US Media, ao portal E-Commerce Update:
“A empresa ativa um novo modelo de monetização que combina mídia em formatos nativos com assinaturas de conteúdo nos canais. É um passo natural dentro da lógica de ampliação das possibilidades comerciais da plataforma.”
Em outras palavras, a relevância dessa mudança vai muito além do WhatsApp. Ela representa a entrada de um novo canal de alto engajamento na estratégia de mídia das empresas.
O desafio da experiência do usuário
Agora, vamos ao ponto crítico: como inserir publicidade sem comprometer a experiência?
O WhatsApp sempre foi percebido como um espaço limpo, sem distrações, ruídos ou interrupções. Um ambiente de comunicação íntimo e direto, o que exige dos anunciantes um cuidado redobrado.
Afinal, não basta aparecer. É preciso ser bem-vindo.
Isso significa que formatos invasivos estão fora de cogitação. Em vez disso, ganha força a ideia de uma publicidade contextual, útil e com timing adequado. É nesse equilíbrio entre relevância e respeito ao tempo do usuário que as marcas vão precisar operar.
Como bem observou Bruno Almeida:
“As pessoas não querem ser interrompidas. Elas querem ser informadas, ajudadas, surpreendidas de forma relevante.”
Portanto, a chave do sucesso está na capacidade de criar conteúdos publicitários que façam sentido na rotina das pessoas, que se integrem de forma fluida à jornada de uso do app.
Publicidade no WhatsApp: oportunidades para marcas e anunciantes
Por outro lado, o cenário também se abre para uma série de oportunidades promissoras.
Veja bem: o WhatsApp oferece um canal direto e de altíssimo engajamento com o público. A entrada da publicidade em áreas como Status e Canais permite a criação de campanhas com abordagem mais próxima, quase pessoal.
Além disso, os novos formatos têm tudo para estimular criatividade e inovação, com conteúdos menos interruptivos e mais integrados ao cotidiano do usuário. A lógica aqui é de conteúdo que informa, entretém ou ajuda — e não apenas venda por venda.
Outro ponto importante é a possibilidade de monetização via assinatura de conteúdo. Para marcas com autoridade em suas áreas, essa pode ser uma via interessante para construir comunidades engajadas, gerar valor recorrente e fidelizar audiências.
É o tipo de abordagem que transforma o papel da marca de anunciante para provedora de conteúdo relevante.
Riscos e cuidados importantes
Naturalmente, toda grande mudança traz consigo riscos, e aqui não é diferente.
Em primeiro lugar, há o perigo da concentração de investimento em um único player, a Meta. Isso reforça a dependência das marcas de uma só plataforma, o que pode limitar a diversidade de canais e formatos nas estratégias de mídia.
Além disso, há o risco de distorcer a experiência do usuário. Se mal planejada, a publicidade no WhatsApp pode ser vista como uma invasão, gerando rejeição, bloqueios ou até abandono da plataforma.
Outro cuidado essencial é preservar a autenticidade da comunicação. A linguagem deve ser próxima, leve e coerente com o tipo de conversa que o usuário já tem dentro do aplicativo. Marcas que exagerarem no tom ou no volume correm o risco de serem silenciadas rapidamente.
Portanto, mais do que nunca, será preciso investir em monitoramento, testes e escuta ativa.
Como se preparar para o novo cenário de publicidade no WhatsApp?
Para quem trabalha com marketing digital, o recado é claro: é hora de se antecipar.
Veja alguns caminhos para começar:
- Estude os formatos disponíveis: entenda como os anúncios em Status e Canais funcionam, quais são os critérios de segmentação e quais métricas estarão disponíveis.
- Conheça seu público a fundo: no WhatsApp, a personalização é tudo. Quanto mais afinada for sua comunicação, maior a chance de aceitação.
- Invista em conteúdo relevante e contextualizado: pense em como sua marca pode agregar valor, informar ou entreter naquele ambiente.
- Use dados para testar, ajustar e evoluir: comece com campanhas-piloto, avalie os resultados e vá refinando a abordagem.
- Fique atento ao timing e à frequência: menos pode ser mais. Entregar o conteúdo certo, no momento certo, faz toda a diferença.
E, claro, acompanhe os testes e atualizações da Meta. Ainda estamos diante de um cenário em construção — quem estiver mais preparado, sairá na frente.
Novos caminhos para a comunicação e o marketing
A entrada do WhatsApp no universo da publicidade marca um divisor de águas no marketing digital. A plataforma que até então era sinônimo de privacidade agora se transforma em mais uma arena de engajamento, mas com características muito próprias.
O grande desafio será equilibrar inovação e respeito ao usuário. Marcas que souberem atuar com inteligência, empatia e relevância terão nas mãos uma ferramenta poderosa de conexão real com seu público.
E quando o assunto é integrar tecnologia com estratégia humanizada, o Zapmizer pode ser o parceiro ideal para ajudar sua marca a navegar por esse novo cenário.
Automatize convites, campanhas e mensagens com inteligência, sem perder o toque humano que faz toda a diferença.
Zapmizer: sua marca no WhatsApp com estratégia, eficiência e engajamento. Saiba mais: Zapmizer: a plataforma ideal para automação e gestão de WhatsApp Marketing!
Leia também:
- WhatsApp na Jornada do Cliente: Integrando Marketing, Vendas e Pós-vendas em um único canal
- WhatsApp para aumentar suas vendas: Guia completo
- Melhores estratégias no WhatsApp para vender mais em 2025
- WhatsApp Shop: Transformando a Experiência de Compra no WhatsApp Business
